terça-feira, 12 de abril de 2011

Como em casa

Passei a pomada no peito e na garganta e o cheiro de casa entrou. Pelas narinas entupidas de saudade que insistem em despejar o que não é propriamente meu, mas tem se criado e existe há algum tempo. E refaço o chá que costumava sarar do que me tornava impuro, mas a salvação não vem em fórmulas. Não vem em receitas. Assim como, mesmo tendo dormido durante duas semanas num mesmo lençol azul simples de algodão que me lembra o de casa, minha cama de anos não reaparece, meu teto de meses não brilha a luz fluorescente fraca que iluminava as madrugadas e a cura da rinite não vem fácil. 
Eu moro muito longe, sozinho.

Um comentário:

  1. Own.. acho que esses sentimentos explicam uma certa ligação recebida esses dias, né? Todos aqui sentem a sua falta, irmão. Amo você. :*

    ResponderExcluir