sábado, 8 de setembro de 2012

Academia robotizada

Tento fazer um artigo e não escrevo como quero, não posso - dizem - escrever como escrevo. Sento, pego o laptop, digito palavras que nunca uso. Onde estou eu nessas letras, nessas linhas que formam juntas treze ou até quinze páginas? Não me encontro. Roteirizo, separo partes, atribuo subtítulos. Teatralizo o conhecimento para facilitar o entendimento do que quero dizer - para não parecer germânico demais, para não ficar desordenado. Não sou linear. Escrevo a introdução, paro, avanço a pauta, estou nas considerações finais. Adianto o resumo antes do trabalho finalizado. Questiono meu pertencimento à academia. Piro. E volto a escrever como se não fosse eu, como agora.

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